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Fórum de Turismo 60+ apresenta pesquisa inédita sobre o turista sênior
Levantamento feito com agentes de viagem mostra que esse público viaja uma ou duas vezes ao ano, com muito planejamento priorizando segurança, acessibilidade e pagamento parcelado

Ana Melo no Fórum de Turismo 60+. Divulgação/Fórum de Turismo 60+

O 3º Fórum de Turismo 60+, que aconteceu em São Paulo no dia 26, apresentou uma pesquisa inédita sobre o perfil dos viajantes maiores de 60 anos. Os dados foram coletados com os agentes de viagem participantes da feira - cujo público superou 800 pessoas - e divulgados durante a programação do evento, que tem como um dos objetivos preparar os profissionais do setor para atender o turista sênior. Segundo Thiago Akira, especialista em marketing digital voltado para o setor de turismo que compilou e apresentou as informações durante o Fórum de Turismo 60+, uma pesquisa indicou que algumas das principais percepções já existentes sobre esse turista maduro são verdadeiras, mas também revelou outras não tão evidentes. “São dados interessantes porque trazer o ponto de vista do agente de viagem. Este viajante gosta sim de turismo cultural e religioso, mas também há pessoas com mais de 60 anos que fazem turismo de aventura, que andam em carros 4X4, que viajam com a família, com amigos, ou sozinhos e que podem ter uma limitações, ou não. Também é um público que acredita que faltam materiais de divulgação de destinos direcionados para ele. Portanto, é um ponto de atenção para o setor. Há poucos profissionais que trabalham com os viajantes 60+, portanto, existe um potencial enorme de crescimento”, explicou o especialista.

A Pesquisa
De acordo com os dados levantados, a maioria dos viajantes é composta por mulheres, que representam 70,77% do total. Elas também são as principais tomadas de decisão nesse segmento. No recorte por faixa etária, destacam-se os chamados “jovens seniores”, entre 60 e 65 anos, que somam 68,53% dos viajantes, seguidos pelos viajantes entre 66 e 70 anos (21,28%) e aqueles entre os 71 e 75 anos (8,19%).

Em relação ao perfil socioeconômico, há predominância das classes média (42,2%) e média alta (28,4%), seguidas pela classe alta (21,4%). Isso indica um público com poder aquisitivo, mas ainda sensível a custos, e reforça a importância de estratégias de venda dos profissionais do turismo que devem priorizar um bom custo-benefício para o seu cliente.

Este turista 60+ costuma viajar de uma (37,1%) a duas vezes (30,9%) por ano, portanto, o passeio é bastante significativo e cuidadosamente planejado. E mais da metade dos turistas (54,75%) parcela o custo da viagem, enquanto 45,25% paga à vista no cartão de crédito, no boleto, com dinheiro ou transferência bancária. As informações indicam que, mesmo tendo recursos, esse público prefere diluir os valores.

Outro dado da pesquisa revela que as decisões de viagem são tomadas de forma predominantemente autônoma. Um expressivo percentual de 88,5% dos viajantes mais velhos decidem por conta própria, sem depender de familiares ou acompanhantes. Isso destaca a independência do público sênior, que assume o controle de seu planejamento, exigindo atenção direta das empresas do setor, sem intermediações. Essa autonomia reforça também o valor atribuído à confiança: a escolha de uma agência ou serviço que atue com excelência é a principal preferência deste viajante, superando inclusive fatores como preço e qualidade de atendimento.

Segurança no destino e acessibilidade aparecem como os fatores mais mencionados quanto às preocupações com o destino, seguidos pelo ritmo da viagem e pelo custo envolvido. Questões como saúde, alimentação, clima extremo e barreiras linguísticas também são pontos que preocupam o viajante mais velho. O perfil traçado é de um viajante que busca previsibilidade, detalhes específicos e estrutura adequada.

Por fim, a comunicação com esse público também revela um comportamento diferenciado. Os canais preferidos são os mais tradicionais e humanizados: o atendimento presencial liderado com 49,6%, seguido pelo WhatsApp com 41,6%, evidenciando a valorização de uma relação direta e personalizada. O toque humano para este consumidor permanece essencial.

"Os dados revelam um segmento maduro, exigente e fiel, que preza por relações adversas, atendimento humano, segurança e condições personalizadas. O turista brasileiro com mais de 60 anos não só tem autonomia e poder de escolha, como também representa uma oportunidade estratégica para o mercado de turismo, desde que abordou com sensibilidade, planejamento e foco em suas prioridades reais", afirma Ana Melo, idealizadora do Fórum de Turismo 60+, que destacou a importância deste levantamento e divulgação durante o evento.

Edição por Julia Marques

Data de publicação desta Matéria 29-05-2025
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