Notícias
Durante cinco dias de roteiro, os participantes viajaram por cidades como São Thomé das Letras, Baependi, Alagoa, Passa Quatro, Itamonte, Pouso Alto, Bom Jardim de Minas e Andrelândia, vivendo experiências que traduzem a autenticidade do território, da mesa farta à natureza preservada. Segundo a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega, essa ação mostra ao Brasil e ao mundo que os destinos mineiros estão prontos para receber visitantes em busca de experiências transformadoras, com diversidade, acolhimento e identidade.
A hospedagem escolhida em Baependi foi a Pousada Condado de Santa Maria, empreendimento construído e ampliado ao longo de quase 40 anos pelo proprietário, Petrônio Niconiello. A pousada conta com 22 acomodações aconchegantes, em estilo rústico e muito espaçosas, algumas inclusive com pequenos “quintais” privativos. Nas áreas comuns, os hóspedes encontram sala de TV, mesa de sinuca, jardim e churrasqueira externa, além de um café da manhã típico mineiro servido todos os dias. A decoração é um capítulo à parte: o espaço é repleto de antiguidades belíssimas, que ajudam a dar ainda mais identidade e charme ao ambiente. E quem chega é recebido pessoalmente por seu Petrônio, sempre com muita atenção e simpatia, reforçando a sensação de estar sendo acolhido “em casa”.
Um diferencial do espaço é que ele também pode ser alugado para eventos independentemente da hospedagem. Outro destaque é a trilha autoguiada localizada dentro do próprio terreno, ideal para quem quer caminhar e se conectar com a natureza sem sair da propriedade. A proposta do lugar é oferecer simplicidade com conforto, valorizando o ritmo da Mantiqueira e o perfil do visitante que busca descanso, silêncio, experiências ao ar livre e autenticidade. Segundo Petrônio, o desejo de receber pessoas sempre fez parte da história da família, já que sua bisavó mantinha um pequeno hotel, o que reforça a vocação acolhedora que se mantém até hoje. @pousada.condadostamaria
Além da força no artesanato, Baependi também carrega uma história profundamente marcada pela religiosidade. A cidade foi palco do surgimento de devoções populares que atravessaram gerações, recebeu missionários e ordens religiosas ao longo do século XIX e manteve tradições católicas que permanecem vivas até hoje nas festas, procissões e promessas. É aqui que está o Santuário de Nhá Chica, a primeira mulher negra do Brasil beatificada pela Igreja Católica, e um dos locais mais visitados e simbólicos da cidade. Ali, a fé deixa de ser apenas parte da história local e passa a ser vivida, sentida e testemunhada pelos romeiros todos os dias.
O Santuário de Nhá Chica está localizado no centro da cidade, o que torna o acesso simples e tranquilo para visitantes. Ali é possível assistir às missas, conhecer de perto o espaço que preserva a linha do tempo da beata e ver objetos originais que pertenceram a Francisca de Paula de Jesus, incluindo fotos, pertences pessoais e até o quarto onde ela viveu. No teto de algumas salas, também é possível ver fotos de devotos, ler testemunhos e acompanhar relatos de graças alcançadas ao longo das décadas. O passeio vale muito a pena, não apenas por sua importância espiritual e histórica, mas também pela atmosfera do lugar. No complexo, há ainda uma loja com souvenires e artigos religiosos. Para completar, o pôr do sol em frente à igreja costuma ser um espetáculo à parte: por estar em uma área mais elevada, em um morro, a vista no final da tarde é especialmente bonita. @santuarionhachica
Outro destaque do turismo religioso em Baependi é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Montserrat, construída em 1754 e tombada como patrimônio. Localizada no centro da cidade, no Circuito das Águas, a matriz reúne elementos arquitetônicos do Rococó e do Neoclássico, resultado de transformações feitas entre o século XVIII e o início do século XX. No interior, é possível observar talhas e decorações parietais assinadas por artistas importantes da época, como José Joaquim da Natividade e Domingos Rodriguez Affonso. Na fachada, chamam atenção as imagens em mármore de São José e São João Evangelista, além do medalhão com Nossa Senhora e o Menino Jesus. O símbolo do Monte Montserrat remete à aparição de espanhóis, enquanto detalhes como folhas de fumo e parreiras reforçam elementos da história econômica e da imigração italiana que moldaram a região. É uma visita que combina fé, arte e memória, e revela a força da religiosidade que atravessa séculos em Baependi.
Forró da Praça Matriz de Baependi- MG /Foto: Divulgação Prefeitura de Baependi- MG
Forró da Praça Matriz:
Quando a missa termina, a praça em frente à Matriz de Nossa Senhora do Montserrat muda de energia. Todos os domingos acontece ali o tradicional Forró da Praça da Matriz, um encontro popular que é famoso entre os moradores e que também conquista os visitantes. O coreto no centro da praça vira palco, a música começa e a noite ganha vida, reunindo famílias, casais e grupos de amigos que dançam e celebram a cultura local ao ar livre. Ao redor, bares e restaurantes deixam a experiência ainda mais completa, criando um clima acolhedor no interior mineiro.
Cachoeira do Juju: O acesso exige uma caminhada de aproximadamente 30 minutos por uma trilha autoguiada e de baixa dificuldade. Ao chegar, os visitantes são surpreendidos por um poço de águas calmas formado logo abaixo de uma das quedas, criando um grande espelho d’água raso, ideal para banho sem esforço, tanto para adultos quanto para crianças. É um cenário extremamente relaxante, daqueles lugares que convidam a ficar um pouco mais, só ouvindo a água cair e sentindo a brisa da Mantiqueira.
Cachoeiras Honorato Ferreira e Itaúna: perfeitas para quem busca passar o dia inteiro aproveitando o clima de Baependi com tranquilidade. Ambas contam com restaurantes estruturados, com música ao vivo durante o final de semana, opções de almoço, lanches e bebidas variadas, além de banheiros de alvenaria, garantindo conforto aos visitantes. O ambiente é convidativo e acolhedor, típico mineiro, permitindo que os turistas contemplem a queda d’água, mergulhem com calma e aproveitem um dia completo de descanso e lazer com toda a infraestrutura necessária.
Café Seival:
No caso do Café Seival, o que impressiona é a união de técnica, origem e propósito. O Café Seival é um exemplo do que a Mantiqueira tem de mais genuíno quando o assunto é café especial. Produzido na zona rural de Baependi, no Sítio São Cristóvão, o projeto é conduzido pelos proprietários Cibeli e Dimas Borges, que valorizam cada etapa do processo, desde a colheita até a xícara. A colheita do café na região acontece manualmente, geralmente entre junho e outubro, o que garante mais cuidado com o grão e preservação da planta. No local, o visitante pode acompanhar o processo completo, entender as técnicas da pós-colheita, a torra e ainda participar de degustações, experimentando diferentes métodos e perfis sensoriais. A vivência dura em média entre duas horas e meia e três horas e pode ser reservada por R$ 70 por pessoa, ou por R$ 380 no caso de grupos de até sete participantes. É uma imersão que aproxima o visitante do produtor e do território, mostrando na prática como a agricultura de base familiar movimenta a economia local e transforma o café em um produto de origem, cheio de identidade. @cafeseival
Outra experiência singular que reforça a vocação de Baependi para o turismo rural de alto valor é a Oliveira Gamarra, produtora de azeites artesanais na borda da Serra da Mantiqueira. A propriedade mantém dois olivares: um plantado há 18 anos, quando a olivicultura ainda engatinhava na região, e outro mais recente, onde hoje se concentra grande parte da produção. Ao todo, são cerca de três mil oliveiras que são manejadas com técnicas atualizadas e foco em qualidade. Ali, o visitante tem a oportunidade de entender como o grau de maturação da azeitona interfere diretamente no perfil sensorial do azeite: frutos mais verdes tendem a resultar em azeites mais intensos e picantes, enquanto os mais maduros geram um produto mais suave e frutado. A Gamarra também preserva métodos manuais no processamento, com etapas de decantação que separam naturalmente o óleo da água, um processo mais lento do que o uso de centrífugas industriais, mas que mantém características próprias do aroma e do sabor. O passeio revela o impacto positivo dessa cultura na economia local, gerando renda em uma atividade de baixo impacto ambiental e alinhada com a preservação da paisagem serrana. @olivaisgamarra
Serviço:
Como chegar:
Baependi está no sul de Minas Gerais, a cerca de 380 km de São Paulo e 350 km de Belo Horizonte. O acesso principal é pela BR-267, com ligação pela BR-381 para quem vem da capital mineira. Quem chega por via aérea pode optar pelos aeroportos de Varginha (125 km) ou Juiz de Fora (170 km).
Melhor época para visitar:
De maio a setembro, o clima mais seco favorece trilhas e banhos de cachoeira, com águas mais cristalinas. Já entre outubro e março, as temperaturas sobem, mas o volume de chuvas também aumenta, bom para quem prefere paisagens mais exuberantes e quer aproveitar as festas e romarias.
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
13/11/2025
Contatos
São Paulo/SPNavegação
Home