E a Equipotel, para a BWH Hotéis, é mais que uma feira, é o palco para aproximar-se justamente dos independentes que ainda buscam fornecedores e soluções para profissionalizar seus negócios. “Aqui é onde os donos de hotéis vêm para se atualizar e fazer conexões. Para nós, é o espaço ideal para mostrar que podemos ser parceiros estratégicos”, conclui Rehwaldt. Richard não tem dúvidas, o Brasil é peça-chave na estratégia da BWH Hotels, vice-presidente para a América Latina, ele enxerga no país dimensões continentais, diversidade de destinos e um potencial turístico único. Fundada em 1946 nos Estados Unidos, a rede administra hoje mais de quatro mil hotéis em mais de cem países, cobrindo desde o luxo até o econômico. “Tem demanda”, afirma com convicção, o Brasil é obviamente muito importante para a rede, é onde vemos o maior potencial, o brasileiro viaja muito, e queremos estar cada vez mais presentes nesse movimento.
A estratégia passa por um reposicionamento no Brasil, depois de anos operando à distância, com contratos regidos pelas leis norte-americanas e pagamentos em dólar, a companhia decidiu reabrir um escritório físico no país, criando uma empresa com CNPJ brasileiro, equipe local e acordos em português um movimento que, segundo Richard Rehwaldt derruba barreiras e aproxima a rede dos hoteleiros independentes. “O Brasil tem dimensões continentais e um mercado de viajantes que não para de crescer, é o país com maior potencial da América Latina, queremos ser reconhecidos aqui, tanto por quem viaja dentro do Brasil quanto por quem busca experiências fora dele”, afirmou o executivo, em entrevista para o Portal Guia do Turismo Brasil durante a feira.
O México hoje é o grande destaque da BWH na região, com quase 50 estabelecimentos, muito por conta da proximidade com os Estados Unidos, mas os executivos enxergam espaço para o Brasil ultrapassar esse patamar nos próximos anos. O primeiro passo foi dado, Richard Rehwaldt já conduz negociações para pelo menos dez novos contratos, sendo a maioria de conversões de hotéis independentes que podem adotar a bandeira ainda em 2025.
A maior concentração da rede está no Nordeste, mas o plano é expandir para o Norte e Centro-Oeste. A resistência inicial de alguns hoteleiros receosos de perder identidade ou autonomia é enfrentada com um modelo flexível, a proposta da BWH Hotéis não é assumir a operação dos empreendimentos, mas oferecer suporte de marketing, vendas, gestão de receita e treinamento, deixando o controle nas mãos do proprietário. “Existe a impressão de que uma rede global vai engessar o negócio, mas nosso modelo é diferente: damos a estrutura de uma marca internacional sem tirar a independência do hoteleiro”, explica Richard. Na vitrine brasileira, a rede já coleciona bons exemplos, o Beira-Mar, em Fortaleza, com quase 200 quartos à beira da praia, é um caso curioso: pensado para o lazer, hoje é também forte no corporativo, um sinal de que a diversidade de destinos e perfis de hóspedes pode ser a chave para o crescimento.
Data de publicação desta Matéria 19-09-2025