O levantamento apresentado mostra que as operações nacionais já superam a marca de R$ 1 bilhão em vendas anuais, são 79 empreendimentos ativos, equivalentes a quase um terço de todos os resorts do país, ao todo, 143 mil clientes mantêm contratos em vigor, com tíquete médio de R$ 44 mil, é um retrato de um mercado que amadurece rápido e que desafia a lógica da economia brasileira, enquanto o PIB patina na casa de 1% ao ano, o timeshare cresce a dois dígitos.
Esse desempenho não é fruto do acaso, ele reflete uma combinação de fatores, a expansão do turismo doméstico, cada vez mais valorizado desde a pandemia; a pressão das redes hoteleiras por taxas de ocupação mais previsíveis; e um consumidor que já não coloca a posse definitiva no centro das escolhas, mas sim a experiência e a flexibilidade. “O setor mostra que pode crescer independentemente do PIB, apoiado em fundamentos próprios”, resumiu Pedro Cypriano, CEO da Noctua. O contraste internacional dá a dimensão do potencial, nos Estados Unidos, onde o modelo é praticado há meio século, 80% dos resorts operam com timeshare e as vendas anuais chegam a US$ 10,5 bilhões. O Brasil ainda está distante desse patamar, mas já ocupa posição de destaque na América Latina, atrás apenas do México. Para Cypriano, o espaço para avançar é evidente, `temos condições de dobrar o índice de adesão nos próximos anos.”