O Rio de Janeiro sempre olhou para o Hotel Nacional como um ícone. Um prédio assinado por Oscar Niemeyer, o jardim pensado por Roberto Burle Marx e uma história que marcou a arquitetura moderna brasileira. Hoje, mais de cinquenta anos após sua inauguração, o Nacional se reinventa novamente — desta vez, como símbolo de responsabilidade ambiental.

Entre março e julho de 2025, o hotel reduziu em 17% o consumo de água. A mudança veio com a instalação de 1.021 válvulas inteligentes de controle de vazão da Blue World em torneiras e chuveiros. Resultado: mais de 5 milhões de litros de água preservados e 4,2 milhões de litros de esgoto não gerados em apenas cinco meses. Uma transformação silenciosa, mas de impacto gigantesco.

A inovação não comprometeu o conforto dos hóspedes — e esse talvez seja o maior triunfo. Tudo funciona como antes, mas com menos desperdício. O retrofit sustentável trouxe ganhos ambientais, sociais e financeiros, alcançando payback em apenas quatro meses.

“O projeto desenvolvido pela Blue World para o Hotel Nacional se destaca pela eficiência em sua operação, mas, principalmente, na construção de uma gestão eficiente. A economia gerada foi fundamental, além de representar um avanço significativo no projeto de sustentabilidade já adotado pelo empreendimento”, afirma Maurício Junior, Gerente Geral do empreendimento em São Conrado, na Zona Sul da Cidade Maravilhosa.

O impacto vai além das torneiras. Os reservatórios ganharam mais tempo de uso, o consumo de energia elétrica caiu e a operação passou a traduzir eficiência em resultados tangíveis. Cada litro economizado virou prova de que a sustentabilidade não é discurso: é ação com retorno real.

A iniciativa rendeu ao hotel o Selo Blue World, reconhecimento alinhado às práticas ESG e ao ODS 6 da ONU (Água Potável e Saneamento). Mais do que um selo, é um convite à reflexão: se um ícone da hotelaria carioca pode transformar sua história pela água, por que outros empreendimentos não poderiam fazer o mesmo?

O Hotel Nacional mostra que a sustentabilidade pode nascer da soma entre passado e futuro. Um prédio tombado, carregado de arte e memória, que agora também carrega o compromisso de preservar o recurso mais precioso que temos: a água.

Edição por Julia Marques