Um dos momentos mais aguardados do evento veio com a apresentação de Annette Taeuber, Country Manager do Lufthansa Group, que desmontou percepções equivocadas sobre o impacto da aviação no clima, segundo ela, o setor responde por 3% das emissões globais, e embora pareça pouco, representa 100% da responsabilidade da indústria. Annette explicou que o Lufthansa Group é atualmente o único grupo aéreo do mundo com metas validadas pela Science Based Targets Initiative, o que fortalece o compromisso científico das ações climáticas. Ela destacou a renovação acelerada da frota, com investimentos anuais de 2,5 bilhões de euros e o avanço do SAF (Sustainable Aviation Fuel), capaz de reduzir até 80% das emissões sem a necessidade de mudanças nos motores. Também apresentou a tecnologia AeroShark, uma película desenvolvida com a BASF que diminui o atrito da fuselagem e contribui para reduções significativas, lembrando que, na rota São Paulo–Zurique, o equivalente a 59 voos já teve emissão zero graças ao recurso.

Durante o evento, a Tour House também lançou oficialmente o TH Carbon Balance, desenvolvido em parceria com a Eccaplan. A ferramenta, apresentada por Vinícius Gonçalves ao lado de Natália Buchwitz, calcula automaticamente a pegada de carbono de cada passagem aérea emitida, gera relatórios detalhados e permite compensar emissões com certificação. A solução atende a uma demanda crescente de empresas que precisam reportar dados de sustentabilidade com precisão e comprovar reduções dentro de suas metas ambientais.

Ao final, o público formado por gestores de viagens, compras, RH, eventos e sustentabilidade reforçou a urgência de integrar ESG ao planejamento estratégico, a Tour House aproveitou o encontro para anunciar também seu apoio à 8ª Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, marcada para 30 de novembro na Avenida Paulista, reforçando o compromisso social que acompanha as iniciativas ambientais da empresa. O TH Talks ESG encerrou o dia apontando um setor em profunda transformação e deixando evidente que a adoção de práticas sustentáveis já não é opcional: é um fator determinante para competitividade, reputação e longevidade das organizações.

Edição por Rose Cecilia