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Pouso Alto, Minas Gerais/ Foto: Divulgação Mariana Borges O Governo de Minas Gerais, por meio da Secult-MG e da Codemge, realizou uma press trip com 30 jornalistas e influenciadores para apresentar a diversidade turística e cultural da Serra da Mantiqueira. A iniciativa reforça o trabalho do Estado em ampliar a presença de Minas Gerais no cenário turístico brasileiro, conectando natureza, história e gastronomia em um único roteiro.
Durante cinco dias, os participantes visitaram cidades como São Thomé das Letras, Baependi, Alagoa, Passa Quatro, Itamonte, Pouso Alto, Bom Jardim de Minas e Andrelândia, vivenciando experiências que destacaram a hospitalidade mineira e a força do território como destino de vivências genuínas. Segundo a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega, a viagem reforça que os municípios estão prontos para receber diferentes perfis de turistas.
Café da manhã local/ Foto: Divulgação Guia do Turismo Brasil Dentro da programação, os participantes foram divididos em grupos para se aprofundar nos diferentes destinos da Mantiqueira. O Portal Guia do Turismo Brasil seguiu para Pouso Alto, uma cidade que preserva tradições, religiosidade e um estilo de vida tranquilo, marcado pela cultura local e pelo contato direto com as montanhas do sul de Minas.
Pouso Alto é daquelas cidades pequenas que já recebem a gente com um sorriso. Com pouco mais de seis mil habitantes e cerca de 1.200 metros de altitude, o clima agradável combina com o astral tranquilo do lugar. Nossa visita começou com um café da manhã típico mineiro, preparado por produtores locais e organizado pela Secretaria Municipal de Turismo e Cultura. A mesa farta, os sabores da região e a conversa boa criaram o ambiente perfeito para entrar no clima da cidade.
Paço Municipal de Pouso Alto/ Foto: Divulgação Guia do Turismo Brasil Enquanto todos saboreavam o café, o historiador Pedro Uchoas apresentou um panorama do passado de Pouso Alto. Explicou que a área foi rota de bandeirantes no século XVII, ganhou forma com as primeiras sesmarias e cresceu em torno da capela que deu origem à atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Ao longo dos séculos, o município recebeu figuras como a princesa Isabel e entrou no caminho de escritores que exploraram a Mantiqueira, reforçando sua importância histórica.
Depois, visitamos o Paço Municipal, no antigo Solar dos Barões, um casarão do século XIX na Praça Desembargador Ribeiro da Luz. O prédio já foi residência do Barão de Monte Verde, colégio religioso, escola municipal e, em 1952, passou por restauração para abrigar o fórum inaugurado por Juscelino Kubitschek. Hoje tombado como patrimônio cultural, o espaço funciona como sede da prefeitura e preserva detalhes arquitetônicos, além de móveis históricos esculpidos em madeiras nobres, expostos na sala do prefeito.
Panorama da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição/ Foto: Divulgação Mariana Borges
De lá, subimos a histórica Ladeira do Jaguar, que preserva seu calçamento antigo da Estrada Real. Enquanto caminhávamos, Uchoas contou um episódio que marcou o início da cidade. No fim do século XVII, exploradores vindos de Taubaté chegaram ao alto do morro, encontraram um antigo aldeamento indígena e decidiram permanecer ali por alguns dias. Montaram roças, ergueram uma cruz e transformaram o local em ponto de descanso. A vista privilegiada inspirou o nome que ficaria para sempre: Pouso Alto. Depois dessa parada, o grupo seguiria rumo ao território que mais tarde se tornaria Baependi.
No fim da ladeira, chegamos à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, principal templo da cidade. Com torres desiguais e arquitetura de inspiração neoclássica, o conjunto chama atenção pela simplicidade, pela atmosfera acolhedora e pelo belo ângulo que oferece do centro histórico.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição/ Foto: Divulgação Guia do Turismo Brasil Lá, conhecemos a história curiosa da imagem de Nossa Senhora da Conceição, encomendada em Portugal no século XIX, mas enviada por engano para Caxambu em vez de Pouso Alto. O equívoco só foi corrigido na década de 1970, depois de mais de cem anos. É um episódio que torna a visita à igreja ainda mais interessante.
Além da Matriz, Pouso Alto abriga outras igrejas que expressam a devoção da comunidade, como a Paróquia São Benedito e a Capela de Santa Edwiges, situada em uma área mais alta com uma vista bonita da região. São visitas rápidas, que revelam diferentes facetas da tradição religiosa da cidade.
Depois do passeio pelo centro histórico, fomos conhecer alguns estabelecimentos que fazem parte da rotina e da identidade de Pouso Alto. Cada parada mostrou um lado diferente da cidade. A seguir, conheça cada um deles:
Buffet de comida mineira, Churrascaria Fogão da Roça/ Foto: Divulgação Guia do Turismo Brasil Churrascaria Fogão da Roça
A Churrascaria Fogão da Roça fica na BR-354, em um ponto fácil de encontrar, e nasceu da ideia de mãe e filho da família Rabelo, que tocam o restaurante desde 2019. No cardápio, churrasco tradicional, buffet de comidas caseiras com aquele sabor bem mineiro, além do clima acolhedor típico do interior. Para fechar a refeição, vale muito provar a sobremesa de doce de leite. O restaurante funciona todos os dias para o almoço, das 11h às 14h30.
@churrascariafogaodaroca
Vinhos Famiglia Maioli/ Foto: Divulgação Mariana Borges Vinícola Famiglia Maioli
A Vinícola Famiglia Maioli, comandada por Diego Maioli e Maria Juliana Neto Vilela, fica em uma área tranquila de Pouso Alto e produz vinhos de inverno a partir de um vinhedo ainda jovem. A primeira colheita aconteceu em 2024, com cerca de 1,5 tonelada, e a produção deve aumentar gradualmente até atingir seu potencial total nos próximos anos.
O trabalho no campo é todo manual: cerca de dez a doze pessoas realizam a colheita em uma única manhã, antes de enviar as uvas para uma vinícola parceira responsável pela vinificação. Os rótulos ficam prontos para engarrafar em cinco a seis meses, têm potencial de guarda de até oito anos e são vendidos, em média, entre R$ 70 e R$ 180. Além dos vinhos, a família também produz suco de uva, ampliando a oferta para quem visita o espaço.
@vinicolafamigliamaioli
Rafaela Vilela e Eduardo Mancilha, Queijaria Mancilha & Vilela/ Foto: Divulgação Guia do Turismo Brasil Queijaria Mancilha & Vilela
A Queijaria Mancilha & Vilela surgiu de forma simples, quando os proprietários Rafaela Vilela e Eduardo Mancilha decidiram transformar a tradição familiar na produção de leite em um negócio próprio. Os primeiros testes eram feitos na varanda de casa, com apenas uma vaca, até que o rebanho cresceu e a produção foi estruturada, chegando a quase 600 litros de leite por dia, dos quais cerca de 200 litros são dedicados aos queijos artesanais. A construção da nova queijaria, concluída este ano, marcou uma fase mais profissional e já rendeu reconhecimento: o primeiro queijo produzido no espaço recebeu prêmio em Pouso Alto e alcançou 98,9 pontos em uma avaliação técnica em Belo Horizonte.
A queijaria planeja, em breve, abrir um espaço para visitação e degustação e lançar seu próprio site de vendas. Enquanto isso, os produtos podem ser adquiridos pelo Instagram, WhatsApp e na Queijaria Pouso Alto. Entre as opções, vale destacar os queijos defumado (meu preferido), temperado, com tomate seco e capa preta, todos com casca fina, massa levemente amanteigada e de alta qualidade.
@queijariamancilhavilela
Folia de Reis, dança típica de Pouso Alto/ Foto: Divulgação Mariana Borges Encerramos a passagem por Pouso Alto participando da festa que acontece uma vez por mês na praça central, um evento que reúne moradores e visitantes em torno da cultura e dos sabores da cidade. Artesãos expõem esculturas, bordados, ímãs, doces de leite, geleias e queijos, enquanto a ficazzella, uma massa frita recheada com queijo, tomate e orégano e reconhecida como patrimônio imaterial do município, faz sucesso absoluto entre todos e se mantém como um dos sabores mais tradicionais da região.
De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Cléber Soares, a celebração revela a vivência da comunidade e mantém tradições importantes, com música ao vivo e apresentações como a Folia de Reis, que está sendo retomada por meio da Lei Aldir Blanc. Vivenciar esse momento foi como ver a cidade se reunir em torno de sua identidade, sua hospitalidade e seu jeito único de receber.
Pouso Alto é um destino que combina história, cultura, boa comida, gente acolhedora e paisagens marcantes da Mantiqueira. Para quem busca uma experiência tranquila, saborosa e cheia de autenticidade, vale colocar a cidade no roteiro e conhecer de perto tudo o que ela oferece.
Equipe de imprensa recebida pela Prefeitura de Pouso Alto, acompanhada de Diego Maioli e Maria Juliana Neto Vilela, da Vinícola Maioli/ Foto: Divulgação Mariana Borges
Serviço
Como chegar:
Pouso Alto fica no sul de Minas Gerais, a cerca de 370 km de São Paulo, 330 km de Belo Horizonte e 240 km do Rio de Janeiro. O principal acesso é pela BR-354. Os aeroportos mais próximos são Varginha (150 km) e Juiz de Fora (190 km).
Melhor época para visitar: De maio a setembro, o clima seco favorece trilhas e cachoeiras. De outubro a março, as chuvas aumentam e a vegetação fica mais verde, ótimo para quem quer aproveitar a gastronomia e as festas locais.
26/11/2025
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