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XIX Fórum de Meio Ambiente registra avanços na despoluição do sistema lagunar da Zona Oeste
Ainda há ações a serem realizadas, mas o cenário de conservação do sistema lagunar da Zona Oeste registrou avanços. 

Essa foi a conclusão do XIX Fórum do Meio Ambiente, realizado por HotéisRIO e ACIR (Associação Comercial e Industrial da Região do Recreio e Vargens) nesta quarta-feira, dia 29, no hotel eSuites, no Recreio dos Bandeirantes. O evento deu continuidade e aprofundou o debate sobre a temática abordada na primeira edição, que debateu a “Revitalização do Sistema Lagunar da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá”, com foco no desenvolvimento econômico da região.
Os objetivos mais urgentes do fórum são a fixação da comunicação do Canal de Sernambetiba com o mar, de forma a garantir o rápido escoamento das águas e evitar enchentes e a preservação do estoque de areia da Praia da Macumba, evitando sua erosão e o consequente acesso de fortes ondas, com potencial destrutivo sobre o calçadão.
O presidente das duas entidades, Alfredo Lopes, afirmou que ficou satisfeito com a limpeza que vem sendo feita no canal o que, inclusive, permitirá o desenvolvimento do transporte lagunar. “Vai ser possível ir fazer compras de barco”, disse. Segundo ele, as reuniões continuarão acontecendo, para que a sociedade fique a par do que está acontecendo. “É muito importante para nosso bairro que as pessoas acompanhem e participem”. 
De acordo com o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro e secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha, a parceria entre o governo estadual e a Prefeitura do Rio criou uma sinergia fundamental para os bons resultados que começam a ser colhidos. “Sem sustentabilidade não temos futuro, não somos capazes de entregar nada à sociedade. Por hora ainda temos pouco a comemorar, a degradação ainda pode ser vista por todos, mas posso garantir que os mangues já estão mais limpos. O próximo passo é evitar que o lixo flutuante chegue às lagoas”.

O subprefeito da Barra, Raphael Lima, abordou a dragagem do Rio Morto, feita para impedir os alagamentos como os de novembro de 2021, e que já melhorou as condições de navegabilidade. “Outro ponto no qual estamos conseguindo êxito é o controle das gigogas. Isso reduziu significativamente a infestação de mosquitos, que tanto incomodava os moradores da região até recentemente”.
Já Gabriel Taubman, coordenador de engenharia da Iguá, fez uma apresentação do projeto de limpeza do complexo lagunar, que inclui dragagem, disposição adequada do lodo, modelagem hidrodinâmica e batimetria. “Vamos investir R$ 250 milhões e realizar o projeto em 36 meses. Os primeiros resultados já podem ser sentidos, como na lagoa do Camorim”.
Sérgio Suiama, promotor do Ministério Público Federal, ressaltou que cabe ao órgão cobrar a atuação do Poder Público nas esferas federal, estadual e municipal em três pontos importantes – esgoto irregular, despejo inadequado de resíduos sólidos e ocupações irregulares em zonas de proteção ambiental. “Esse trabalho que a Iguá está fazendo agora é resultado de uma ação de 2003 contra a antiga Cedae. Ás vezes o trabalho demora a dar resultados, mas ele é essencial para a preservação do meio ambiente”.
Tamara Grisolia, coordenadora do Subcomitê de Jacarepaguá, ressaltou o aporte de R$ 500 mil feito para o plano da Prefeitura. “Mas não foram apenas recursos. Também proporcionamos apoio técnico para a criação de duas unidades de conservação, assim como também  aprovamos o plano de manejo que será implantando pela Smac (Secretaria Municipal de Meio Ambiente)”.

O subsecretario de Biodiversidade, Hélio Vanderlei, aposta no diálogo entre poder público e sociedade como o caminho a ser trilhado. “É possível aliar desenvolvimento econômico e respeito ao meio ambiente. Para tal, temos que construir políticas públicas adequadas, de forma sustentável e com participação da sociedade.”
Phillipe Campello, presidente do INEA (Instituto Estadual do Ambiente), concorda com ele em relação à importância do diálogo. “Nossa gestão é pautada no diálogo. Fazemos nossa ações são baseadas em dados. O desenvolvimento não é antagônico da preservação ambiental. É preciso compatibilizar. Nosso papel é licenciar e monitorar com rigor”.
O diretor institucional da ACIR, Marco Paes, encerrou o encontro com uma avaliação positiva. “Acho que alcançamos muito da última edição para cá. Ficou claro que as ações estão dando bons resultados”, comemorou.
O Fórum contou com o apoio do IFeS (Instituto Fecomércio de Sustentabilidade), que apresentou no evento uma máquina de coleta de embalagens de plástico (de garrafas a embalagens de mostrada). Conectado à internet, o equipamento permite que o doador acumule pontos, doe os pontos para instituições ou simplesmente descarte seu lixo plástico. “Já temos 60 dessas máquinas em locais como Sesc, Senac, supermercado Pão de Açúcar, shoppings, no Corcovado e no aeroporto do Galeão”, afirma Alessandro Cadarso, analista do IFeS.

A próxima edição do fórum está prevista para outubro de 2023.

Edição Rose Cecilia
Data de publicação desta Matéria 30-03-2023
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