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O Dia Mundial do Turismo deste ano terá um significado importante para o Brasil, que sedia a 30ª edição Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro, em Belém do Pará. Registrando recordes de turistas internacionais e de visitantes em parques nacionais, o país terá a oportunidade de pautar a preservação ambiental, a qualificação do setor, a valorização cultural e o turismo de base comunitária como ferramentas de desenvolvimento econômico.
A pasta federal vem realizando ações nesse sentido, como o evento “Diálogos para COP30”, realizado no dia 19 de setembro em Santarém, no Pará, para discutir como programas federais podem fortalecer destinos turísticos, preservar a cultura local e preparar o Brasil para a conferência.
“A influência e a experiência do Brasil poderão acelerar as tratativas de integração das políticas de turismo às climáticas. Definir as diretrizes para a adaptação do turismo às prescrições climáticas, às metas, aos indicativos de governabilidade e, principalmente, o acesso a recursos financeiros, científicos e tecnológicos, pode estar em jogo. Para isso, no entanto, é necessário uma estratégia e um plano de ação liderados pelo governo, em parceria com a ONU e com apoio das lideranças da sociedade civil e da academia, do Brasil e dos principais negociadores climáticos e representantes setoriais”, afirma Gil.
Sustentabilidade
Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), a previsão é que a área movimente US$167,6 bilhões no Brasil em 2025, o equivalente a 7,7% do PIB nacional, sustentando 8,2 milhões de empregos. Segundo a estimativa, esse número pode chegar a US$199 bilhões no final da década.
“As pesquisas indicam que há uma demanda crescente de viajantes por práticas sustentáveis, e a busca por experiências que respeitem as culturas locais e contribuam para o bem-estar das populações anfitriãs”, explica o diretor-executivo da Abeta - Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, Luiz Del Vigna. “O momento é chave para planejarmos o turismo brasileiro como referência de impacto positivo, e utilizar a nossa biodiversidade e sua preservação como ativo estratégico para o futuro”.
Ele cita o fortalecimento do turismo comunitário na Amazônia como exemplo. Na Ilha de Marajó, a Fazenda São Jerônimo, associada da Abeta, é um empreendimento familiar que trabalha desde o final dos anos 80 com resgate cultural, agroecologia e recuperação ambiental, e promove experiências únicas de ecoturismo no coração da Amazônia paraense.
“A gestão de resíduos deixou de ser um desafio para nós e se tornou uma ferramenta de educação, inclusão e transformação. Essa conquista passou a inspirar outros destinos turísticos pelo Brasil e hoje participamos ativamente de congressos, eventos e seminários sobre turismo sustentável e economia circular”, explica Bruno Leite Miranda, proprietário do Parque.
Del Vigna enxerga a COP30 como uma chance única de mostrar ao mundo que a conservação e o turismo podem caminhar juntos como motores de transformação. “Precisamos ir além da atração de turistas e garantir que cada experiência seja segura, gere impacto positivo, preserve culturas, fortaleça comunidades e deixe um legado real”.
Sobre a Abeta
Criada em 2004, a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) é uma organização sem fins lucrativos que reúne empresas e profissionais comprometidos com a prática sustentável de atividades ao ar livre. Atualmente, são 116 empresas com sedes em 20 Estados e no Distrito Federal e que fortalecem o mercado de turismo, ecoturismo e turismo de aventura. Dentro do seu escopo de atuação, a Abeta possui um calendário de eventos e projetos, tornando-se referência nacional em capacitação, qualificação e treinamento no segmento. Dentre os destaques quando o assunto são encontros voltados aos profissionais do setor estão o Abeta Conecta e o Abeta Summit, que a cada ano ocorrem em cidades diferentes, como forma de reforçar a riqueza natural do país para o turismo.
Edição por Rose Cecilia
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