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Marcando o centenário de Ulisses, clássico de James Joyce, comédia dramática Molly-Bloom abre a temporada 2023 do Teatro Unimed. (créditos: Matheus Jose Maria)
O Teatro Unimed apresenta, até o dia 26 de março, o espetáculo Molly-Bloom, estrelado pela atriz Bete Coelho, que também assina a direção ao lado de Daniela Thomas e divide a cena com o ator Roberto Audio. Em nova montagem da Cia.BR116, o texto é formado pelas partes finais da obra Ulysses, de James Joyce, cuja primeira publicação fez 100 anos em 2022, uma espécie de post-scriptum de toda ação do clássico do autor irlandês.

Molly-Bloom, com tradução de Caetano W. Galindo e codireção de Gabriel Fernandes, é o fluxo ininterrupto e fascinante do pensamento da personagem, que nunca deixou de ser um desafio e uma tentação para leitores, críticos e, talvez acima de todos, para as atrizes. Os escritos de James Joyce assim como de outros autores concretos da literatura e dramaturgia mundial foram apresentados a Bete Coelho por Haroldo de Campos em saraus e eventos culturais. Desde então a atriz pensava em levar Molly-Bloom aos palcos.

A trama
Em cena, Leopold Bloom [Roberto Audio], icônico personagem da literatura mundial, retorna a sua casa após flanar por cerca de 16 horas pela cidade de Dublin, capital da Irlanda. Sua esposa, Molly Bloom [Bete Coelho], já está dormindo, ou finge estar. Ele, exausto, deita na cama com cautela para não a acordar e cai no sono. Molly, então, parte para sua odisseia mental, singrando o mar de seus pensamentos. Entre travesseiros e fluidos líquidos e gasosos, navega as águas do passado, a infância em Gibraltar, seu pai, os enamoramentos, o primeiro beijo, o filho morto; navega as águas do presente, o casamento, o adultério, a barriga que está ficando grandinha, a conjectura de talvez parar com a cerveja no jantar, a filha; e as águas fascinantes e traiçoeiras da libido, do sexo, do proibido.

Solidão a dois
A atriz e diretora Bete Coelho explica que, em Molly-Bloom, a Cia.BR116 decidiu não encenar apenas o célebre monólogo final, desencaixando-o do livro como um fragmento isolado. “Optamos por incluir na montagem trechos do episódio anterior, onde Leopold Bloom, finalmente sozinho depois de um dia longo e cansativo, se prepara para entrar na cama com a esposa que, ele sabe, cometeu adultério naquele dia”. Trata-se de um gesto aparentemente discreto, essa ligeira manipulação do texto que reconecta Molly e Bloom, mas com um efeito profundamente transformador. Trazer o final do capítulo anterior permite ao público conceber de maneira muito mais plena aquele mundo, aquelas pessoas e a integralidade do livro Ulysses. Bete Coelho também destaca o pensamento revolucionário da consciência e da sexualidade femininas presentes nas falas de Molly Bloom.
Para Caetano W. Galindo, que assina a tradução e a consultoria dramatúrgica de Molly-Bloom, “se a terceira parte do romance de Joyce trata da volta para casa, e nela finalmente vemos Bloom voltar ao seu ‘reino’ usurpado, mas ainda acolhedor, o que a encenação realiza ao reintegrar ao livro como um todo as famosas falas foi uma operação da mesma natureza: ela trouxe Molly, que passou todo aquele dia 16 de junho de 1904 sem sair do seu endereço, de certa forma de volta para ‘casa’, fazendo com que sua voz de novo converse com a do marido, fazendo com que a noite apareça novamente como sequência e inversão dos valores do dia, com que a lua surja, aos poucos, na medida em que o sol desaparece”.

Ângulos diversos
Na encenação de Molly-Bloom, Daniela Thomas criou uma cenografia para que o público assista ao espetáculo como se lê a obra clássica de Joyce, de vários ângulos. O cenário multimídia é um convite para que a plateia esteja junto à cena, vendo pequenos detalhes da montagem. “A ideia é trazer a amplitude do livro para o palco oferecendo maneiras diferentes de olhar a mesma cena, sem induzir a uma única compreensão”, pontua Bete Coelho.

Início da programação 2023 do Teatro Unimed
O Teatro Unimed tem se consolidado na produção artística nacional como um espaço de alta qualidade, seja por sua programação consistente e plural, seja por seus elementos técnicos e de máximo conforto para o público. Incluir na rotina atividades culturais e de lazer, juntamente com familiares e amigos, é fator diretamente ligado à promoção da saúde mental e do bem-estar ", afirma Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional.
A semana do dia 25 de janeiro, data tão marcante para nós que amamos a cidade de São Paulo, tem se consolidado a cada ano como o período de início da programação do Teatro Unimed. Estamos muito orgulhosos de estrear a agenda 2023 com um espetáculo tão relevante, com profissionais altamente conceituados e aclamados pela crítica. Ao mesmo tempo, o Edifício Santos-Augusta está sempre totalmente aberto ao público que mora em São Paulo ou está de visita na cidade e que, além do Teatro Unimed, pode também usufruir da excelência do Perseu Coffee House, no térreo, e do Casimiro Ristorante dal Tatini, no quarto andar”, convida Fernando Tchalian, CEO da desenvolvedora Reud, controladora do Teatro Unimed.

Ficha Técnica

Autor: James Joyce

Tradução: Caetano W. Galindo

Direção: Daniela Thomas e Bete Coelho

Codireção: Gabriel Fernandes

Atriz: Bete Coelho

Ator: Roberto Audio.

Direção de Vídeo: Gabriel Fernandes

Consultoria Dramatúrgica: Caetano W. Galindo

Cenário: Daniela Thomas e Felipe Tassara

Produção de Cenografia: Mauro Amorim

Assistente de Direção: Lindsay Castro Lima

Desenho de Luz: Beto Bruel

Assistente de Luz: Sarah Salgado

Figurino: Bete Coelho e Daniela Thomas

Assistente de Figurino: Alice Tassara

Diretor Técnico: Rodrigo Gava

Diretor de Palco: Domingos Varela

Assistente de Palco: João Carvalho

Diretor de Cena: Murillo Carraro

Diretora de Arte: Alice Tassara

Assistente de Arte: Murillo Carraro

Camareiro: João Carvalho

Canção do Amor tocada por Caetano W. Galindo

Operador de Som: Rodrigo Gava

Operadora de Luz: Sarah Salgado

Serralheria: Mauricio Zati / Aço Studio Arquitetos

Diretor de Comunicação: Maurício Magalhães

Programação Visual: Celso Longo / CLDT

Fotos: Jennifer Glass

Assessoria Jurídica: Olivieri Associados

Dramaturgista da Cia.BR116: Marcos Renaux

Local de Ensaio: CASAVACA

Direção de Produção: Lindsay Castro Lima e Mariana Mantovani

Gerente técnico Teatro Unimed: Reynold Itiki 

Assessoria jurídica Teatro Unimed: Carolina Simão 

Comunicação Teatro Unimed: Dayan Machado 

Assessoria de Imprensa Teatro Unimed: Fernando Sant’ Ana 

Realização: Cia.BR116

Teatro Unimed
O Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista. Sua programação é dedicada a espetáculos de alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical Lazarus, de David Bowie, com o qual o teatro abriu suas portas em agosto de 2019. Durante todo o período em que esteve fechado para espetáculos presenciais, o Teatro Unimed continuou produzindo cultura e lazer, com espetáculos de grande qualidade, online e sempre gratuitos, como parte do projeto Teatro Unimed Em Casa. Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2, boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro criado por Isay Weinfeld (responsável pelos projetos dos hotéis do Grupo Fasano, do residencial Jardim, em Nova York, e do Hotel InterContinental, em Viena), o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.

 
Molly-Bloom

Teatro Unimed

Ed. Santos Augusta, Al. Santos, 2159, Jardins, São Paulo

Curta temporada: até 26 de março de 2023 (não haverá espetáculo de 17 a 19 de fevereiro, Carnaval)

Horários: sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h

Valores: Inteira - R$ 140,00 (plateia), R$ 100,00 (balcão). Meia-entrada - R$ 70,00 (plateia) e R$ 50,00 (balcão).

Clientes Unimed têm 50% de desconto com apresentação da carteirinha. Descontos não cumulativos.

Horários da Bilheteria: Sexta e sábado, das 12h30 às 20h30. Domingos, das 10h30 às 18h30.

Duração: 75 minutos

Classificação: 14 anos

Capacidade: 249 lugares

Gênero: Comédia dramática

Acessibilidade: Ingressos para cadeirantes e acompanhantes podem ser reservados pelo e-mail contato@teatrounimed.com.br


Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.


Estacionamento com manobrista: R$ 25,00 (primeira hora) + R$ 10,00 (por cada hora adicional)


Vendas pela internet: www.sympla.com.br/teatrounimed

www.teatrounimed.com.br


https://www.facebook.com/TeatroUnimed


https://www.instagram.com/teatrounimed/


Bete Coelho no espetáculo Molly-Bloom

Créditos: Matheus Jose Maria


Edição Rose Cecilia

Data de publicação desta Matéria 06-02-2023
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