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Osesp e Maestro Thierry Fischer convidam Chinês Wu Wei, Expoente do instrumento Sheng, nos Concertos da Semana
Apresentações acontecem entre 14 e 16/mar na Sala São Paulo; já no domingo (17) tem início série de recitais de grupos de câmara com músicos da Osesp; performance de sexta (15) da Orquestra será transmitida ao vivo no canal do YouTube

Foto: Íris Zanetti / Osesp, Coro e Fischer

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo – a casa da Osesp, dos Coros e de seus Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

A segunda semana da Temporada acontece entre quinta-feira (14) e sábado (16), quando a Osesp e seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, fazem as estreias latino-americanas de Hymn for everyone, de Jessie Montgomery, e de Concerto para sheng – Šu, de Unsuk Chin – esta com o músico chinês Wu Wei como solista. A Segunda Sinfonia de Brahms completa o programa, e o concerto de sexta-feira (15) será transmitido ao vivo no canal da Osesp no YouTube, a partir das 20h30.

E a música feita nos dias de hoje também abre a agenda de concertos camerísticos no domingo (17), às 18h, com integrantes da Osesp tocando obras de Rafael Borges Amaral (com Wu Wei como convidado), Felipe Lara, Clarice Assad, Marcos Balter, David Lang, Steve Reich e Reinaldo Moya. O repertório contará também com o Quarteto de cordas em Sol maior, de Haydn, e o Choros nº 2, de Villa-Lobos.

Sobre o programa
Nas palavras da compositora norte-americana Jessie Montgomery (1981-), “Hino para todos é baseada em um hino que escrevi na primavera de 2021, uma reflexão sobre os desafios pessoais e coletivos enfrentados naquele momento. Até então, estava relutante em compor peças que respondessem à pandemia e às reviravoltas sociopolíticas em curso e atravessava um bloqueio criativo intenso. Um dia, porém, depois de voltar de uma longa trilha, esse hino simplesmente me veio — um acontecimento raro. A melodia atravessa diferentes “coros” orquestrais enquanto o resto do grupo realiza o acompanhamento. É uma espécie de meditação para orquestra que, a cada repetição da melodia, explora diversas paletas de cores e timbres”.

O concerto para o instrumento sheng Šu, composto pela sul-coreana Unsuk Chin (1961-), é baseado numa estrutura formal e harmônica rígida: notas principais formam o alicerce harmônico da obra, atravessando um círculo ao longo dela de forma a se redefinir contínua e reciprocamente. Outros recursos na organização temporal são proporções numéricas, com o número sete atuando de maneira significativa. O seguinte motivo aparece com bastante frequência: um compasso é dividido em 4 + 3 unidades e espelhado num compasso correspondente. Até o momento, Chin havia evitado compor para instrumentos de culturas tradicionais não europeias: os perigos do exotismo musical lhe pareciam demasiadamente ameaçadores. Mudou de ideia apenas depois de ouvir o virtuose do sheng Wu Wei. Músico prolífico, à vontade em diversos estilos musicais, Wei contribui como ninguém para a popularização do sheng, órgão de boca chinês, fora de seu país de origem.

Johannes Brahms (1833-1897) estava então na cidade de Pörtschach, Áustria, à beira de um lago tranquilo, num ambiente repleto de natureza e paz, quando compôs sua Sinfonia nº 2, frequentemente caracterizada como serena e ensolarada. O próprio artista, que descrevera a sua primeira sinfonia como desprovida de charme, se referia à segunda, jocosamente, como um “novo monstro encantador”. E certamente ela tem grandes momentos de plenitude. Mas como em toda a música de Brahms, existe sempre uma sombra que paira sobre a felicidade, uma ameaça velada à espreita. Esse traço, tão característico da própria personalidade do compositor, um melancólico convicto, ao invés de toldar o clima alegre reinante, lhe dá ainda mais realce: é como se a música nos instasse a aproveitar a vida ao máximo, exatamente por sabermos que ela é finita e frequentemente breve.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e uma média de 120 apresentações por temporada, a Osesp vem alterando a paisagem musical do país e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do Brasil, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007. A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953). Mais que uma orquestra, a Osesp é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra. Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação Osesp.

Thierry Fischer
Desde 2020, Thierry Fischer é diretor musical da Osesp, cargo que também assumiu em setembro de 2022 na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. De 2009 a junho de 2023, atuou como diretor artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornou diretor artístico emérito. Foi principal regente convidado da Filarmônica de Seul [2017-20] e regente titular (agora convidado honorário) da Filarmônica de Nagoya [2008-11]. Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique. Gravou com a Sinfônica de Utah, pelo selo Hyperion, Des Canyons aux Étoiles [Dos Cânions às Estrelas], de Olivier Messiaen, selecionado pelo prêmio Gramophone 2023, na categoria orquestral. Na Temporada 2024, embarca junto à Osesp para uma turnê internacional em comemoração aos 70 anos da Orquestra.


Foto: Felix Broede / Wu Wei

Wu Wei
O Coro da Osesp, além de sua versátil e sólida atuação sinfônica e de seu repertório histórica e estilisticamente abrangente, enfatiza em seu trabalho a interpretação, o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros. Destacam-se em sua ampla discografia os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019). Em sua primeira turnê internacional, em 2006, apresentou-se para o rei da Espanha, Filipe VI, em Oviedo, na entrega do 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias. Em 2020, cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, quando participou de um filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e outros artistas e grupos de sete países. Junto à Osesp, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa e integrando o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos. Fundado em 1994 como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, por Aylton Escobar, foi integrado à Osesp em 2000, passando a se chamar Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como coordenadora e regente, funções que, entre 2017 e 2019, foram desempenhadas por Valentina Peleggi, que contou com a colaboração de William Coelho como maestro preparador, posição que ele ainda ocupa.


Foto: Íris Zanetti / Thierry Fischer

PROGRAMAS

WU WEI, O GÊNIO DO SHENG

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
THIERRY FISCHER 
REGENTE
WU WEI 
SHENG
JESSIE MONTGOMERY Hymn for everyone [Hino para todos] [ESTREIA LATINO-AMERICANA]
UNSUK CHIN Concerto para sheng – Šu [ESTREIA LATINO-AMERICANA]
JOHANNES BRAHMS Sinfonia nº 2 em Ré maior, Op. 73

GRUPOS DE CÂMARA DA OSESP E A MÚSICA DO NOSSO TEMPO

WU WEI SHENG
RAFAEL BORGES AMARAL VIOLÃO
GHEORGHE VOICU VIOLINO
CRISTIAN SANDU VIOLINO
DAVID MARQUES VIOLA
DOUGLAS KIER VIOLONCELO
JOSEPH HAYDN Quarteto de cordas em Sol maior, Op. 77, nº 1, Hob.III:81
RAFAEL BORGES AMARAL Quarteto de cordas e sheng [ENCOMENDA, ESTREIA MUNDIAL]

SORAYA LANDIM VIOLINO
ADRIANA HOLTZ VIOLONCELO
CLAUDIA NASCIMENTO FLAUTA
GIULIANO ROSAS CLARINETE
FERNANDO TOMIMURA PIANO
RICARDO BOLOGNA PERCUSSÃO
RUBÉN ZÚÑIGA PERCUSSÃO
MARCOS BALTER Ligare
CLARICE ASSAD Emotiva
STEVE REICH Marimba phase [Fase de marimba]
HEITOR VILLA-LOBOS Choros nº 2
DAVID LANG Stuttered chant [Canto gago]
REINALDO MOYA Polythene sonata product [Produto-sonata de polietileno]


Foto: Mariana Garcia / Sala São Paulo

SERVIÇO

14 de março, quinta-feira, às 20h30
15 de março, sexta-feira, às 20h30 (Concerto Digital)
16 de março, sábado, às 16h30
17 de março, domingo, às 18h [Grupos de câmara]
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares 
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 [Osesp] e entre R$ 39,60 e R$ 132,00 [Grupos de câmara] (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

*Estudantes, pessoas acima dos 60 anos, jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idade de 15 a 29 anos, pessoas com deficiências e um acompanhante e servidores da educação (servidores do quadro de apoio – funcionários da secretaria e operacionais – e especialistas da Educação – coordenadores pedagógicos, diretores e supervisores – da rede pública, estadual e municipal) têm desconto de 50% nos ingressos para os concertos da Temporada Osesp na Sala São Paulo, mediante comprovação.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

Edição Rose Cecilia

Data de publicação desta Matéria 13-03-2024
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